terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Encontro inesperado

Encontro inesperado



Meu espírito vagava sem destino em um mar de conflitos e desilusão, era a primeira vez que eu me separava de minha família, sentindo-me muito só segui para minha antiga cidade “Los Angeles”. À escuridão da noite cobre as ruas com seu manto negro, sento- me um banco tentando apagar lembrança toda dor e sofrimento pelo qual estava passando, pelo maldito abandono do Taylor.

Nos últimos meses, minha alma tinha os mais doces sentimentos de desejos carinho e tudo isso avia sido despertado por Taylor Hondes, para ele eu entreguei meu coração minhas alegrias e todo meu amor. Nossa paixão nunca poderia dar certo, afinal uma vampira e um lobo amaldiçoado, só que eu nunca imaginei que ele poderia arrancar meu coração. Lembro-me daquele dia quente de verão, o crepúsculo anunciava o anoitecer, estávamos juntos nossos corpos entrelaçados como se fossemos apenas um.

_ O que ouve?Você parece distante?

_ Nitta eu já tomei uma decisão!

_ Que decisão? O que esta falando?

_ Nitta eu te amo, mais acho que eu lhe causo muito mal.

Ele olhava as pequenas sobras escura sobre minha pele, pequenas lembras das vezes que ele perdia o controle e tentava arrancar minha cabeça “ a cada lua cheia a cada transformação meu corpo ganhava novas marcas desenhos desfigurado, por mas que ele suplica para ficar longe quando virava lobisomem eu não obedecia tinha medo por ele e por outras pessoa não queria que ninguém se machuca-se e no final quem acabava machucada era eu”, levei minha mão em seu rosto focalizando seus olhos negros, beijando seus lábios de leve, senti suas mão me afastaram.

_ Por favor, não me entenda mal!

_ Você esta de brincadeira, você não pode me machucar, sou imortal lembra.

_ Não! Eu vivo lhe machucando, não consigo me controlar.

_ É por isso que estou aqui para lhe ajudar, não me importo com esses arranhões logos não estará mais visível. “era verdade os aranhões iria sumir como outros, e eu estaria pronta para mais novos aranhões”.

Como se eu não tivesse falado, ele colocou-se diante da janela olhando o céu que ganhava uma coloração rosa e violeta entre as nuvens, queria ir até ele, beija-lo e esquecer tudo que ele avia dito, eu não era frágil, era a mesma coisa que comparar aço com porcelana, eu não era humana, definitivamente não seria considerada frágil. Poderia ter passado uma eternidade e nós continuávamos ali quietos até ele vir e tocar minha pele com suas mãos quente feito brasa, seus beijo me deixava tonta, as lagrimas já escorria pelo meu rosto, tentava me agarrar a ele apertando seu corpo o meu, não irai solta-lo jamais.

_ Não chore! Você ficara bem.

Ouvindo sua voz, nossos corpos foram afastando, senti a dor me tomar nesta hora algo avia sido cortado, um vazio tomou conta de mim gritei para a lua desesperada para que ele volta-se.

Essa lembrança fazia novas gotas de lagrimas vermelhas rolarem pelo meu rosto, mais eu não estava totalmente absorta em meus pensamentos, um barulho chamou minha atenção, saindo de um beco um cheiro de lírios do campo embriagou o ar. Uma criatura majestosa veio em minha direção, mesmo emanando alegria e satisfação eu sentia perigo.

_ Ola!

Seus lindos olhos violetas, um sorriso sedutor uma voz aveludada,como se eu precisava-se de outro vampiro querendo encrenca, usei minhas vós mais ameaçadora para demonstrar hostilidade.

_ Se eu fosse você não se aproximaria de mim.

_ Nossa Nitta, sua mãe tinha razão você esta com um péssimo humor!

Quando seu corpo saiu da escuridão eu pude ver melhor seu corpo magro e atlético e reconheci o meu amado primo Ed.

Ed Duh era o mais novo membro da família, pulei em seus braços “ eu estava me sentindo muito carente”, sua pele fria tinha um delicioso cheiro de flores, algo que me fazia lembra de casa, as lagrimas vieram sem permissão, senti que poderia quebrar ele ao meio, suas costelas estalava com meu abraço. Afastei para poder olhar seu rosto, Ed Duh tinha o dom de encher os corações de alegria principalmente o meu.

_ Como você me achou?

_ Foi o acaso, estava indo para uma feira de escritores, quando senti um cheiro de hortelã, então eu me lembrei que somente uma pessoa podia ter esse cheiro.

Seus olhos violeta brilhavam com a noite seu sorriso mostrando seus dentes brancos, caminhamos pelas ruas escuras, falamos sobre minha família.

_ Você esta em foforks com a minha família, como esta Nina?

_ Elas estão bem, sentindo sua falta..... Nitta pro que você esta vagando...

Antes que Ed. pudesse terminar algo foi lançado em nossa direção, tão pequeno e brilhante passando a centímetros do meu rosto, caindo no chão uma pequena flecha prateada.

Um homem trajando uma capa negra, veio em nossa direção empunhando um pequeno punhal, meu corpo se enrijeceu pus-me na frente de Duh Ed. O homem deu um sorriso mostrando seus dentes amarelos.

_ Hora ora, bem que dizem que nunca sabemos o que se pode encontrar na próxima esquina!

Enquanto a lua brilhava na noite, uma batalha estava presta a começar, um caçador sedento por vingança uma vampira de coração partido. Em uma posição de defesa, eu sentia a adrenalina em meu corpo.

Meus punhos fechados, eu encarava o caçador, Duh atrás de mim sem entender o que acontecia.

_ O que você quer caçador?

Ele sorriu maliciosamente, mostrou um pequeno punhal prateado sujo de sangue, Duh se inclinou para frente, na tentativa de se colocar em minha defesa, e como relâmpago varias flechas foram disparadas sobre nós, escalamos a paredes que nós cercávamos para desviar, ouvia apenas o tilintar das pequenas flechas batendo nas paredes e no chão.

_ Duh sai daqui!

_ Nitta, eu não irei! “ele nem precisou terminar sua exclamação eu já vai segurando seu pulso”

Lancei Duh para cima dos prédios, sei que ele não iria me deixar sozinha mais aquela batalha não era dele, e enfrentar o caçador era algo suicida para um vampiro novo. Eu precisava levar o caçador para longe, onde ele não poderia machucar nem um inocente, um praça deserta. Correndo já quase voando eu trazia o caçador em meu encalço.

Parei em uma praça escura com velhos balanço enferrujado, encostei-me no balanço aguardando que ele chega-se, ouvi seus passos sobre as folhas secas, uma brisa balançou meus cabelos.

Como um borrão em uma pintura eu e o caçador nós movíamos em velocidade rápida, “era estranho que um homem quase humano pude-se mover tão rápido” me desviando de seus ataques, eu saltava na tentativa de esquivar-me, então por um segundo senti uma dor aguda percorrer meu corpo algo fria escoria entre minha mão, um cheiro doce invadiu o ar tudo pareceu ficar lento a minha volta enquanto o caçador segurava meu braço e enfia lentamente o pequeno punhal.

Usando minha força o jóquei para longe, minhas veste estava vermelha, minhas pernas tremia, devagar fui ficando de joelho, cada gota de sangue que escoria entre meus dedos trazia lembrança de minha família, então lembrei de algo que um dia escrevi sobre a morte.

Morte
NO MEU DESESPERO DA NOITE
MEUS SUPLICOS MINHA ANGUSTIA
MINHA VONTADE DE GRITAR
GRITAR PRA QUE TODO MUNDO
ME PERCEBA, PRA QUE TODOS
ME ENCHERGUEM...
O MEU CORAÇAO ACELERADO DESISPERADO...
GRIITAR JA NAO ADIANTA
NINGUEM ME ESCUTA NINGUEM ME VER
JA NAO SUPORTO TANTA DOR
ESSA DOR QUE VAI ME SUFOCANDO
VAI ME DERROTANDO...
CHORAR E CHORAR SO O QUE ME RESTA...
ESTOU MORRENDO LENTAMENTE...
CADA LAGRIMA UM PEDAÇO DE MIM MORRE...
MINHAS LAGRIMAS ESTAO ACABANDO
E MINHA VIDA TAMBEM...
MEU ROSTO PALIDO MINHA MENTE FRACA
VEJO ALGUEM
PARECE QUE E A MORTE
NELA NAO VEJO ROSTO APENAS
ESCURIDAO...
E A MAO ELA ME ESTENDEU
PARECE QUE MINHA HORA CHEGOU..

Ele caminhou até mim, seu olhar era de gloria por me ver caída no chão sangrando aguardando que ele termina-se comigo.

_ A poderosa vampira, que nada teme! Quem diria que algum dia eu poderia lhe ver assim..

Senti sua mão tocar minha cabeça acariciar meu cabelo, eu tentava me colocar de pé, queria arrancar o pescoço dele, mas meus pensamentos foram interrompidos por outra dor. Com a ponta de uma flecha minha pele foi rasgada, meus pensamentos foram invadidos pela lembrança de Nina.

“_ Nitta você não precisa ir, fugir não vai resolver nada!

_ Mamy, eu sinto muito por não ser tão ajuizada como a San ou a Mel, meu coração é selvagem, eu jamais poderia ficar aqui...

_ Você não precisar se desculpar, não quero ver você partir....

_ Nina eu volto, isso será bom para mim.

Seus olhos aviam dor, mais ela tentava forçar um sorriso, tocando minha mão ela respirou fundo e me aconchegou nos seus braços me apertando, um leve perfume de bromélias invadiu minha narina eu podia ouvir seu coração bater descompassado.”

Quando meus pensamentos voltarão à realidade sombras difusa se movimentavas rapidamente, um estrondo algo avia lançado contra os balanços, senti um forte cheiro adstringente que era familiar, um uivo quebrou o silencio.

Na poderia ser, ele estava aqui ou seria apenas um delírio de minha mente, enquanto eu tentava focalizar os vultos, alguém me levantou da grama úmida, encostei minha cabeça em sua pele de granito era doce como flores, “ Duh” mas que diabos ele estava fazendo ali eu queria gritar com ele par me colocar no chão mais não tinha força, quase não ouvi a batalha ele estava se afastando do local só que eu não queria ir embora queria ficar queria ver ele lutar por mim. .

_ Nitta, sua louco por que você fez isso.

Foi a única coisa que pude ouvir depois meus olhos se fecharam, meus pensamentos me levaram para uma floresta onde pequenos flocos brancos caia.

Levemente eu tocava o chão de pé descalço tudo estava coberto de branco, mais o céu era azul celeste o sol estava quente, podia ouvir os pássaros cantando, que lugar era esse eu jamais estive aqui, tudo parecia tão mágico.

Caminhei entre as arvores até chegar a um campo coberto com flores amarelas, alguém estava deitado cantarolando algo, um criança usando fita no cabelo e um lindo vestido com laços amarelos. Ela parou de cantar, colocou-se de pé encarando-me, ela parecia familiar, eu já avia visto aqueles olhos azuis em algum lugar, “mas a onde?”

Essa pergunta ficou em minha mente, enquanto olhava a garotinha, por um longo tempo ficamos como estatuas apenas olhando um para outra. Então algo gritou dentro de mim.

“Não poderia ser verdade, era eu quando criança!”

Percebendo minha compreensão, ela saiu correndo entrando na floresta, fui atrás dela, mas algo estava estranho comigo, meu corpo parecia pesado e lento, minha velocidade de vampira avia desaparecido.

Na floresta eu ouvia os risos da garotinha, perecia que estava brincando comigo, sentei em uma pedra, não compreendia por que eu estava ali, minha mente parecia vazia de informação, senti algo macio e quente tocar minha mão, a garotinha estava ao meu lado.

Avia tanta pureza em seu olhar, segurando minha mão ela me levou na entrada de um casa, em minha mente jamais lembrava de mim daquela forma, adentramos á casa era fria e escura, há garotinha soltou minha mão e subiu a escada, ela parou de frente a um quarto de onde podia se ouvir alguém chorar.

Empurrei á porta, uma moça caída no chão tinha os pulsos cortados tudo estava manchado de sangue, a garotinha parecia assustada com a cena, apertando minha mão ela tentava me impedir de entrar no quarto, mais eu queria poder ajudar aquela moça.

Toquei aquele corpo estava gelado, a moça simplesmente suspendeu os olhos, era de um vermelho sangue ( eu conhecia aqueles olhar perverso, cheio de maldade e rancor, pois era os meus próprios olhos), ela abriu um sorriso e disse:

_ Não se pode fugir daquilo que você é! Os sentimentos só fazem você ficar fraca!

Em um salto ela pulou para cima da garotinha e saiu arrastando ela pela escada abaixo, tentei ajuda-la mais era rápida demais, eu escutava os grito de mim mesma pedindo socorro, caminhei para a floresta até encontrar o campo de flores amarela, o céu não era mais azul agora avia nuvem negras o vento era gelico toda magia parecia ter acabado, a garotinha estava deitada no campo que agora só avia flores seca.

Corri em seu encontro e a joelhei perto dela, suas mão estava coberto por algo viscoso e vermelho ela aprecia triste, tocou meu rosto senti um forte cheiro de ferrugem e sal q me deixaram tonta.

_ Ele esta lhe esperando, você tem que ser forte, não tenha medo! “ela colocou a não em meu rosto e tampou meus olhos.”

Quando abri meus olhos novamente pude ver o meu rosto refletido no vidro da janela, já não estava mais no campo era um lugar branco, avia tanta pergunta dentro de mim, mas quando pensei em falar, senti algo me puxar era como se eu caísse em queda livre e com um baque senti um dor corromper meu corpo, meus olhos ardia e minha visão estava embaçada, minha boca tinha gosto de sangue, aos poucos meus sentidos foram se aprimorando então pude ver onde estava, um quarto as cortinas balançava com o vento o sol se punha no horizonte. A vós da menina ficou na minha cabeça e eu podia ouvir seu poema.



Chora menina,
chora no seu quarto escuro
Entre a angústia que aperta
e a morte que é certa
Nada é a escuridão
para quem é filho da solidão

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
O que temer desse mistério,
confinada em um cemitério
Se apenas os mortos a ouvem chorar
e Deus não te ouve orar

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
De nada nos adianta odiar
quando já nos foram matar
Assim que inútil é gritar,
a saída é escondida chorar

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
Espere que um dia hão de se compadecer
aqueles que tu deixas te bater
Espere que olhe a um oprimido
outros olhos refletindo caráter destruído

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
Permita-me ceder meu lenço,
pois lágrimas, há muito, dispenso
Não faço da vergonha meu véu
nem da minha dor, alheio troféu

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
Chora a inocência perdida,
chora sua alma vendida
Chora a dádiva jamais concebida
pois o amor na sua vida é chaga proibida

Chora menina, 
chora no seu quarto escuro
Caia a lágrima que dignifica
derrame o sangue que purifica
Feche os olhos, entregue-se boa irmã
Regozije no inferno, princesa de Satã

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
Mas antes de se afogar em sua sangria,
antes de apodrecer sua carne doentia
Peço que não tente por mim chorar
a beleza que a vida me foi roubar

Chora menina,
chora no seu quarto escuro
Até que um dia ouçam seu sussurro
nunca irá querer ver seu futuro
Antes seu rosto esconder
do que no inferno da consciência arder

Chora menina,
se ainda te restam lágrimas para chorar
Se ainda há algum dejeto a derramar
se ainda há sangue para jorrar
Há uma alma para trocar,
se ainda espera se salvar

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O BEIJO ENTRE DUAS MULHERES....

Desde que eu comecei a ficar com mulheres, eu procuro prestar beeem atenção, porque é tão gostoso o beijo entre elas.O homem, tem aquela pegada gostosa,forte(vamos combinar que nem todos-rs),a barba às vezes por fazer, aquela língua incansável mexendo na nossa boca de forma rápida e intensa...Mesmo no beijo mais apaixonado, tem aquele tesão,aquela COISA que não dá pra explicar muito bem...
Mas as mulheres....ahhh, o beijo entre duas mulheres é quase sempre perfeito. Eu não sei se é porque uma mulher sabe a intensidade, o toque, quando ser intensa e quando ser delicada,mas, geralmente, é aquele beijo gostoso, que você sente a língua passando por cada cantinho da boca, por fora,por dentro, desce para o pescoço, seios...a língua de uma mulher parece uma pluma, que quando toca , dá aquele arrepio...E sempre junto com o beijo, vêm as mãos...hum..... sabe aquele toque da unha,bem devagarzinho, que vem pela lateral do peito, desce pela barriga, chega aqui no ossinho do quadril e, propositalmente, desce para as coxas, desviando do caminho onde ela com certeza vai parar no final? Ai, que calor,só de pensar!


Mas, o que seria do sexo só com mulher, se não fosse a pegada "macho" do homem e o que seria do sexo só com homem, senão fosse a interação perfeita entre duas mulheres?!



terça-feira, 11 de maio de 2010

gozemos a vida


Gozemos a vida, Lésbia...
Gozemos a vida, Lésbia, fazendo amor,
desprezando o falatório dos velhos puritanos.
A luz do sol pode morrer e renascer
mas a nós, quando de vez se nos apaga a breve luz da vida,
resta-nos dormir toda uma noite sem fim.
Beija-me mil vezes, mais cem;
outras mil, outras cem.
Depois, quando tivermos ajuntado muitos milhares,
vamos baralhá-los, perdendo-lhes a conta,
para que nenhum invejoso, incapaz de contar beijos tantos,
possa mau-olhado nos lançar.





mão

Deixa a mão...




Deixa a mão
caminhar
perder o alento
até onde se não respira.
Deixa a mão
errar
sobre a cintura
apenas conivente
com nácar da língua.
Só um grito desde o chão
pode fulminá-la.
A morte
não é um segredo
não é em nós um jardim de areia.
De noite
no silêncio baço dos espelhos
um homem
pode trazer a morte pela mão.
Vou ensinar-te como se reconhece
repara
é ainda um rapaz
não acaba de crescer
nos ombros
a luz
desatada
a fulva
lucidez dos flancos.
A boca sobre a boca nevava.

uma mulher

Uma mulher
Uma mulher caminha nua pelo quarto
é lenta como a luz daquela estrela
é tão secreta uma mulher que ao vê-la
nua no quarto pouco se sabe dela

a cor da pele, dos pêlos, o cabelo
o modo de pisar, algumas marcas
a curva arredondada de suas ancas
a parte onde a carne é mais branca
uma mulher é feita de mistérios
tudo se esconde: os sonhos, as axilas,
a vagina
ela envelhece e esconde uma menina
que permanece onde ela está agora
o homem que descobre uma mulher
será sempre o primeiro a ver a aurora.
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segunda-feira, 10 de maio de 2010

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O sexo é sagrado...

O sexo é sagrado,
como salgadas são as gotas de suor
que brotam dos meus poros
e encharcam nossas peles.
A noite é meu templo
onde me torno uma deusa enlouquecida
sentindo teus pelos sobre a minha pele.
Neste instante já não sou nada,
somente corpo,
boca, pele, pêlos,línguas, bocas.
E a vida brota da semente,
dos poucos segundos de êxtase.
Tuas mãos como um brinquedo
passeiam pelo meu corpo.
Não revelam segredos
desvendam apenas o pudor do mundo,

descobrem a febre dos animais.
Então nos tornamos um
ao mesmo tempo em que
a escuridão explode em festa.
A noite amanhece sem versos,
com a música do seu hálito ofegante.
O sol brota de dentro de mim.
Breves segundos.
Por alguns instantes dispo-me do sofrimento.
Eu fui feliz.

segunda-feira, 12 de abril de 2010